A pandemia do Covid-19 trouxe diversos impactos negativos em vários setores, dentre eles, o setor de pesca e aquicultura. O relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontou que em 2020 houve uma queda de 1,3% na produção global da aquicultura, a primeira queda registrada em anos deste estável setor econômico.
Como em qualquer outro negócio, a gestão de custos passou a ser vista como uma ferramenta imprescindível em tempos caóticos, tais como os vivenciados durante a pandemia do Covid-19. Para os negócios do setor de aquicultura, não é diferente, e um dos principais custos a serem gerenciados é a energia elétrica, afinal de contas sem tal insumo, a produção se torna inviável.
A estrutura básica de um criatório de camarão, por exemplo, é composta por equipamentos elétricos com alto potencial para a geração de custos: bombas d’água, aeradores etc., o que evidencia que caso não gerenciada com precisão, a conta de energia dos aquicultores pode representar um obstáculo para a viabilização destes negócios.
Diante disso, nós da Atta Energias trouxemos neste artigo um estudo de caso de um dos nossos clientes: um criador de camarão que ao migrar para o Mercado Livre de Energia tem obtido excelentes resultados financeiros em termos de economia de energia elétrica, além de diversos outros benefícios intrínsecos ao Ambiente de Contratação Livre, os quais podem ser conferidos aqui.
Neste artigo você terá acesso às seguintes informações:
- Qual o potencial de economia deste mercado; e
- Qual o investimento necessário para a migração ao Mercado Livre de Energia.
Potencial de economia do Mercado Livre: um estudo de caso
Para demonstrar o potencial de economia que a migração ao Mercado Livre de Energia tem, trazemos aqui dados reais de um de nossos clientes, um frigorífico pesqueiro que tem obtido uma média de 22% de economia na conta de energia após sua migração.
O cliente, quando pertencente ao mercado cativo, possuía um custo médio de R$ 213.000/mês com energia elétrica e após uma análise de viabilidade financeira, nós concluímos que a migração ao ACL seria vantajosa ao seu negócio. Vale ressaltar que a análise que fizemos contemplou também alternativas de projetos, tais como soluções de eficiência energética
A migração foi efetivada em abril de 2021, quando o Conselho Administrativo da CCEE aprovou a entrada do cliente como agente da CCEE.
Desde então, este cliente tem economizado uma média de R$ 27.600,00/mês, mesmo em tempos de pandemia: com todas as oscilações de preços de mercado e tarifas de distribuição relativamente mais altas, o cliente tem apresentado excelente performance em termos de economia.
A economia total acumulada já ultrapassa R$ 330.00,00, a partir de um investimento consideravelmente menor do que esse montante, o que sinaliza que o Mercado Livre de Energia possui alta atratividade financeira.
De acordo com um estudo realizado pelo Sebrae, o investimento inicial para viabilizar uma fazenda de criação de camarão gira em torno de R$ 30.000,00 para cada hectare de lâmina d’água de projeto. Com a economia acumulada do nosso cliente, ele poderia ter expandido o seu negócio em aproximadamente 11 hectares de lâmina.
O mesmo relatório do Sebrae apronta que o ideal é que um tanque para a carcinicultura tenha capacidade para o armazenamento de 12 camarões por metro quadrado. 11 hectares de lâmina d’água seriam então capazes de armazenar 1.320.000 camarões.
Supondo ainda uma produtividade de 2000 kg/hectare/ano, conforme o mesmo relatório do Sebrae, a expansão de 11 hectares de lâmina para o nosso cliente representaria um aumento de produção anual de cerca de 22 toneladas. Esse aumento de produtividade tem o potencial de geração de lucro de R$ 500.000,00/ano, conforme cita o relatório do Sebrae, o que corrobora para a atratividade financeira do investimento na migração ao Mercado Livre de Energia.
Investimento necessário para a migração
Antes de discorrermos sobre esse importante ponto, é válida a ressalva de que o processo de migração ao Mercado Livre de Energia possui disposições regulamentares próprias e prazos relativamente curtos, os quais caso não obedecidos podem culminar em multas financeiras para os clientes (candidatos a agente).
Dito isso, é recomendada a contratação de uma empresa gestora para ser responsável por esse processo.
Em termos de custos, o investimento para a migração ao Ambiente de Contratação Livre (ACL) na sua forma mais comum (modelo atacadista) é dividido em três:
- Pagamento do boleto de emolumento à CCEE;
- Adequação do Sistema de Medição para Faturamento (SMF); e
- Pagamento da empresa gestora de energia.
Pagamento do boleto de emolumento à CCEE
O pagamento boleto do emolumento é uma etapa obrigatória para a adesão do candidato à agente na Câmera de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A CCEE é uma organização sem fins lucrativos que gerencia todas as atividades contratuais relativas ao ACL. Para tanto, ela cobra ao candidato à agente o pagamento de um emolumento, no intuito de custear suas operações internas relativas ao processo migratório do futuro agente.
Atualmente o custo do boleto de emolumento é de R$ 7.394,00 por agente e você pode fazer o acompanhamento dos reajustes anuais desse custo através deste link: Emolumento CCEE.
Adequação do Sistema de Medição para Faturamento (SMF)
O medidor instalado em unidades consumidoras que compram energia da distribuidora (clientes cativos) não obedece aos requisitos do Operador Nacional do Sistema (ONS) para um cliente do Mercado Livre de Energia.
Além da instalação de um novo equipamento de medição, em alguns casos é necessário que o consumidor que almeja migrar ao ACL adeque a sua subestação, mais especificamente a sua cabine de medição, deixando-a em conformidade com as normas técnicas da distribuidora local de energia. Essa adequação se resume a ajustes em eletrodutos, cabeamento, estrutura de alvenaria, instalação do painel de medição etc.
O custo médio praticado pelo mercado para este serviço é de R$ 30.000,00 para cada unidade consumidora que deseje contratar energia no ACL. Vale ressaltar que esse custo pode sofrer variações positivas ou negativas conforme cada caso específico. Para tanto, o candidato à agente deve consultar sua empresa gestora de energia.
Pagamento da empresa gestora de energia
Conforme já mencionado, o processo de migração ao Mercado Livre, caso não seja bem gerenciado por quem entende do assunto, pode se traduzir em um risco ao futuro agente. Diante disso, a opção mais indicada para os consumidores é a contratação de uma empresa gestora de energia que irá cuidar de todos os trâmites relacionados ao processo migratório.
A média de preços do mercado é de R$ 1.500/mês para cada unidade consumidora que deseje migrar ao ACL, sendo necessários 6 meses para que o processo ocorra da melhor forma possível.
Investimento total para a migração
Em resumo, somando os valores apresentados anteriormente, para a migração de uma unidade consumidora ao Mercado Livre de Energia é necessário o investimento de aproximadamente R$ 46.394,00. Como já foi ressaltado esse preço é uma média de mercado, podendo variar de forma positiva ou negativa a depender de cada caso. O ideal é que o consumidor procure uma empresa gestora de energia para a realização dessa cotação.
Próximos passos!
Você é um aquicultor, possui um frigorífico para armazenamento dos seus produtos e está insatisfeito com o seu custo atual de energia no mercado cativo? Gostaria de ter resultados semelhantes aos apresentados neste estudo de caso real?
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