Anualmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) promove reajustes nas tarifas de energia, as quais são repassadas aos consumidores pelas distribuidoras.
Tais reajustes ocorrem por diversos fatores, dentre eles a variação de indicadores econômicos e, sobretudo, da conjuntura climática, como por exemplo os períodos de secas que afetam substancialmente o nível dos reservatórios hídricos.
Para o ano de 2022, o reajuste tarifário médio foi de 2 dígitos: os consumidores da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) terão que pagar tarifas 14,97% maiores, por exemplo.
Diante disso, nós da Atta Energias trouxemos esse artigo para você, abordando os seguintes tópicos:
- Motivos para o alto reajuste tarifário em 2022;
- 3 soluções para se obter economia de energia mesmo em cenários de aumento de tarifa; e
- Como a Atta Energias pode te ajudar nesse processo.
Motivos para o alto reajuste tarifário em 2022
O ano de 2021 foi marcado, dentre vários outros eventos, por uma das maiores crises hídricas da história do Brasil, que resultou na maior seca dentro de um histórico de tempo de 91 anos.
Os reservatórios hídricos atingiram níveis insuficientes para geração de energia hidrelétrica. Em situações como estas o Operador Nacional do Sistema (ONS) aciona as usinas termelétricas, o que implica em custos substanciais que são repassados aos consumidores finais sob a forma de bandeiras tarifárias.
A bandeira escassez hídrica, por exemplo, em vigor desde setembro de 2021, acrescentou às contas de energia um total de R$ 14,20 para cada 100 kWh consumidos pelas unidades consumidoras.
No entanto, a cobrança de bandeiras tarifárias não foi suficiente para cobrir todos os custos associados ao acionamento das termelétricas, conforme argumenta Helder Sousa, diretor de regulação da TR Soluções, empresa referência em estudos tarifários.
Além disso, o nosso setor elétrico recebeu um empréstimo de aproximadamente R$ 10,5 bilhões para atenuar os efeitos do reajuste tarifário em decorrência dos gastos do acionamento térmico. No entanto, desse total, somente R$ 2,33 bilhões foram efetivamente usados para tal fim, o que conferiu um desconto médio de apenas 2,69% nas tarifas de energia.
Gostaria muito que houvesse dinheiro novo, dinheiro de fora, alguma coisa que nos salvasse, mas infelizmente não tem. Sabemos que este será um ano difícil porque todas as nossas tarifas serão nesses patamares [reajuste acima de 2 dígitos], todas estão com reajuste próximo disso. A gente está fazendo um trabalho hercúleo para encontrar [Para conseguir] quaisquer dois por cento [de redução], estamos fazendo um trabalho grande
Efrain da Cruz, diretor da ANEEL
3 soluções para se obter economia de energia mesmo em cenários de aumento de tarifa
Em cenários de aumento tarifário, a gestão de custos se torna imprescindível.
Nesta seção, apresentaremos três soluções práticas e eficientes para obtenção de excelentes resultados de economia na conta de energia.
1) Análise da Fatura:
Para cada tipo de perfil de consumo existe uma modalidade tarifária específica que pode maximizar o potencial de economia. Normalmente, ainda que ocorra uma variação do perfil de consumo estimado nos projetos elétricos iniciais de uma unidade consumidora, a análise para escolha de modalidade tarifária é feita somente no início de operação da unidade consumidora, ocasionando na adoção de modalidades tarifárias mais onerosas para os consumidores.
Além da modalidade tarifária equivocada, é comum a contratação ineficiente de demanda. Isso é uma temática de extrema relevância, já que o custo da demanda contratada representa em média 10% da fatura de energia. O erro na contratação de demanda comumente é decorrente da diferença entre a sua demanda contratada e a sua demanda registrada, o que implica em custos adicionais, pois quando se trata de demanda o consumidor paga o valor contratado, mesmo que não exista a utilização dessa demanda.
As propostas de adequação da demanda contratada vão desde soluções simplificadas que definem uma demanda ótima a partir do histórico de registro do consumidor, até soluções mais complexas que redefinem a dinâmica de acionamento das cargas do consumidor de uma maneira eficiente, proporcionando a maximização da redução das despesas com contratação de demanda.
A partir de uma análise da fatura, é possível identificar soluções práticas e eficientes com potencial de redução de custos em média de 5%. Especificamente para os consumidores com fornecimento de energia em baixa tensão, a mudança para a modalidade tarifária denominada de tarifa branca possui um potencial de economia em média de 24%, a depender das características de consumo da unidade consumidora.
A análise da fatura, apesar de ser uma solução prática, requer cuidados, pois qualquer implementação equivocada, seja no contrato de fornecimento de energia ou na dinâmica operacional da unidade consumidora, pode gerar despesas ao invés de economia.
Portanto, tais análises devem ser feitas por empresas especialistas em eficiência energética.
2) Eficiência Energética e Gestão Contínua de Energia:
Um processo eficiente parte do princípio de que os resultados são obtidos a partir do emprego da menor quantidade de recursos possível.
Eficiência energética é, portanto, a obtenção de um mesmo produto, ou realização de um mesmo serviço, a partir de um menor uso de recurso energético.
Diversas ações podem ser realizadas para tornar uma unidade energeticamente eficiente, tais como:
- Definição de um Plano de Ações de Eficiência Energética, atendendo as premissas operacionais e financeiras da unidade consumidora;
- Troca de luminárias fluorescentes por tecnologia LED;
- Troca de condicionadores de ar do tipo janeleiro por aparelhos mais eficientes;
- Troca de motores superdimensionados por equipamentos mais adequados à realidade do processo;
- Instalação de bancos de capacitores para correção do fator de potência; e
- Instalação de equipamentos para automação das instalações elétricas, visando o controle do tempo de operação dos equipamentos.
A etapa posterior ao projeto de eficiência energética é a gestão contínua de energia da unidade consumidora eficientizada.
O processo de gestão contínua de energia consiste geralmente de um acompanhamento mensal das instalações elétricas para garantir que os resultados das Ações de Eficiência Energética (AEE’s) sejam mantidos e melhorados com o tempo.
O potencial de economia de projetos de eficiência energética e gestão contínua de energia é de difícil mensuração, visto que cada unidade consumidora apresenta particularidades no que tange ao uso de energia. No entanto, algumas pesquisas feitas pelo PROCEL indicam que tais projetos geram em média um resultado de até 30% de economia.
Vale ressaltar que os projetos de eficiência energética possuem caráter multidisciplinar, visto que as ações propostas requerem conhecimentos de várias áreas da engenharia: engenharia elétrica, mecânica, produção etc.
Em face disso, estes projetos devem ser conduzidos por empresas que possuam um corpo técnico realmente capacitado para isso.
3) Migrações ao Mercado Livre de Energia:
Além das implementações de eficiência energética, o próprio mercado elétrico brasileiro, através do mercado livre de energia, permite a negociação por tarifas mais competitivas. O mercado livre de energia consiste em um ambiente regulatório de compra e de venda de energia elétrica, caracterizado sobretudo pela bilateralidade das negociações: os consumidores elegíveis ao mercado têm a liberdade de negociar junto ao fornecedor de energia parâmetros contratuais chave, tais como preço da energia, montante a ser contratado, vigência contratual, dentre outros.
Atualmente, a migração ao mercado livre é restrita a grandes consumidores com demanda contratada a partir de 500 kW.
Os principais benefícios da migração ao Ambiente de Contratação Livre (ACL) são:
- Liberdade de negociação de parâmetros chave do contrato de fornecimento de energia, os quais culminam especialmente em excelentes resultados financeiros;
- Possibilidade do consumidor de atuar mais ativamente na gestão de seu recurso energético; e
- Possibilidade do consumidor de contratar apenas fontes renováveis de energia, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável do planeta.
A Associação Brasileira de Comercialização de Energia Elétrica (ABRACEEL) estima um potencial de economia de até 33% com a migração ao mercado livre de energia.
Vale ressaltar que o processo migratório ao ACL é complexo e possui disposições regulatórias próprias, as quais caso não sejam cumpridas, tornam o consumidor passível de multas.
Em face disso, recomenda-se aos interessados em contratar energia no mercado livre de energia, que busquem uma empresa gestora que irá assessorar o cliente em todo o processo de migração, tornando a migração facilitada e sem obstáculos.
Como a Atta Energias pode te ajudar nesse processo?
Diante de tudo que foi apresentado neste artigo, fica claro a necessidade da contratação de uma empresa especializada em soluções energéticas para a condução dos projetos citados.
Nós da Atta Energias contamos com um corpo técnico especializado em projetos de energia e podemos te assessorar nas suas demandas de projetos.
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